Ao longo da história, milhares de marinheiros que se aventuraram pelo Oceano Atlântico passaram por momentos de terror quando enfrentavam grandes tempestades e mar agitado em uma região repleta de recifes e bancos de areia . Após quase naufragaram em alto mar, incontáves embarcações conseguiam escapar da fúria do oceano e acabavam encalhando em alguma praia na costa do continente africano. Os marinheiros se sentiam aliviados, achando que tudo havia acabado, estavam vivos e em terra firma. Mas o pesadelo poderia estar só começando.
Dependendo de onde a embarcação encalhasse, eles tinham que escolher entre prosseguir pela orla, sendo que poderiam percorrer dezenas de quilômetros sem encontrar um único vestígio de civilização, ou ir continente adentro, onde o deserto se alastra por regiões repletas de leões e animais peçonhentos. Desde o século XVIII foram mais de 500 naufrágios nessa região do Sudoeste da África.
A Costa do Esqueleto, localizada na costa da Namíbia e que ocupa cerca de metade desta orla, leva este nome devido ao grande número de ossada de animais (principalmente baleias e focas) que se espalham ao longo da orla onde o Oceano Atlântico encontra o continente, que é o deserto de Namib, um dos mais antigos do planeta com 80 milhões de anos. Praticamente toda a areia vem do mar. O Rio Orange desemboca no Oceano Atlântico e a corrente marítima faz o trabalho de depositar a areia na orla que então é carregada pelo vento continte adentro até cerca de 50 quilômetros, formando uma paisagem de dunas intermináveis. Ao longo dos mais de 1.000 km de costa, não existe uma única árvore, tornando a paisagem desoladora.
O último naufrágil na reião ocorreu cerca de 40 anos atrás.
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